Servidores federais paraenses realizaram na manhã desta quarta-feira (28) mais um ato da campanha salarial 2012 em referência ao Dia Nacional de Luta que aconteceu em todo o Brasil. Diretores do SINTPREVS e SINTSEP se fizeram presentes e criticaram a proposta de previdência complementar em tramitação no Senado federal. O PLC 02/12 (ex-PL 1992/07) passa hoje por votação em mais duas comissões antes de ir a voto. O governo pretende levar a proposta para o plenário do Senado até o dia 07, caso contrário, trancará a pauta de votações. Proposta semelhante a esta já havia sido feita no governo Fernando Henrique Cardoso, mas foi derrotada pela oposição, incluindo o PT, que hoje mudou de lado e está apoiando tal proposta.
Segundo o projeto, os servidores públicos federais receberão suas aposentadorias somente até o teto de R$ 3.691,74. Para garantirem que seus benefícios sejam maiores que este valor, terão de contribuir para a Fundação da Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), que é um grande fundo de pensão administrado por grandes bancos que investirão o dinheiro da população em aplicações. Os servidores terão o valor da contribuição definida, de modo que o participante saberá quanto pagar mensalmente, mas o benefício a receber na aposentadoria dependerá do quanto conseguir acumular e dos retornos de tais aplicações. Além disso, não é oferecida nenhuma segurança em caso de falência deste fundo.
Caso o projeto seja aprovado, a população terá suas aposentadorias ameaçadas, pois estarão à mercê das instabilidades financeiras e de crises econômicas como a que assistimos hoje ocorrer pelo mundo. É a privatização da previdência para beneficiar grandes empresários e banqueiros.
Além disso, o ato também denunciou as condições de trabalho dos servidores no Prédio da Gerência do INSS, localizado na Av. Nazare, que encontra-se superlotado por conta das transferências de pessoal de diversos órgãos federais.
O Fórum Estadual dos Servidores Públicos Federais do Estado está recolhendo assinaturas em um abaixo-assinado para pressionar os Senadores a votarem contra esta proposta. Clique aqui para abrir e imprimir o abaixo-assinado e recolher assinaturas em seu local de trabalho.
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