No final da tarde desta sexta-feira (01), Luiz Fernando, assessor da FENASPS, e Moacir Lopes, da FENASPS, se debruçaram sobre o debate da carreira do seguro e da seguridade social.
A carreira hoje é desvinculada da capacitação e da qualidade dos serviços prestados, o que traduz uma desvalorização do governo para com os servidores públicos. Por conta da forte redução na quantidade de cargos de apoio, hoje vemos diversos servidores sofrendo desvio de função e prestando serviços administrativos. A falta de incentivo à qualificação e a impossibilidade de ascensão funcional transforma ainda mais a carreira em algo pouco atrativo para os servidores.
O grande número de gratificações na remuneração acaba por causar insegurança financeira, especialmente porque estão ligadas à avaliação de desempenho que impõe uma dinâmica exaustiva no trabalho o que acaba por ter reflexo no aumento das doenças entre os servidores, que muitas vezes são “subdeclaradas”, já que o servidor tem receio de perder a gratificação caso se afaste.
É preciso disputar a ideia de desempenho, transformando-a em progressão da carreira, mas sem o pagamento de gratificações. As condições de trabalho e as realidades socioeconômicas devem ser pré-condição deste desempenho.
É essencial pensar a carreira numa relação direta com a qualidade do serviço prestado e a partir da valorização da carreira. Além disso, é preciso que haja um processo de qualificação continuada e uma relação justa entre a maior e a menor remuneração, sob risco de criarmos enormes distorções entre servidores da mesma carreira.
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