O Brasil atravessa uma das piores crises da sua história. Uma confraria golpista envolvendo o setor econômico, corporações da mídia, organizações maçônicas e parlamentares corruptos convenceram parte da classe média do país a irem às ruas vestidos de verde e amarelo, tal como os patos da Fiesp, construindo o caldo de cultura para dar um golpe de Estado.
Colocaram um fantoche no comando do país, com o único objetivo de privatizar empresas estatais, fazer o desmonte dos serviços públicos e exterminar conquistas obtidas em 100 anos de história e luta da classe trabalhadora.
A classe trabalhadora construiu grandes manifestações em todo o país, realizou greves gerais e ocupou a capital federal em 24 de maio, um dia histórico, obrigando os golpistas a apresentarem suas armas, neste caso colocaram as forças armadas nas ruas junto com a força nacional e um batalhão com milhares de Policiais Militares do Distrito Federal. Este exército de sádicos agrediu covardemente os manifestantes e inclusive PMs foram flagrados atirando contra a multidão com armas de fogo.
Os trabalhadores não desistiram de retomar as mobilizações ocupações de ruas e praças para lutar por seus direitos, com atos do dia 7 de Setembro, quando ocorre anualmente o Grito dos Excluídos, e a GREVE DE 48 HORAS EM SETEMBRO, além da construção uma nova Greve Geral.
Em meio ao processo de mobilização, a população começa a agir de forma direta demonstrando aos políticos corruptos o desprezo que sentem pelos mesmos, tal como fazem os cidadãos nas democracias europeias, nas quais é permitido e normal “ovacionar” políticos.
Os baianos abriram a caça aos políticos falastrões e demagogos, jogando uma chuva de ovos em João Dória, prefeito de São Paulo, no último dia 7 de agosto (veja vídeo acima e AQUI EM OUTRO ÂNGULO). Já em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, foi a vez do fascista deputado Jair Bolsonaro, mais conhecido como Bolsonazi, receber uma ovada (veja vídeo abaixo), nessa quinta-feira, 17 de agosto. Este parlamentar, representante da extrema direita no país, foi condenado pela terceira vez após incitar o estupro contra sua colega de parlamento, Maria do Rosário.
Também nessa quinta, 17, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, citado na Operação Quadro Negro por desvio de recursos públicos destinados à construção de escolas no Paraná, sequer conseguiu fazer seu discurso na abertura da 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher, em Brasília, já que foi vaiado do início ao fim de sua fala, enquanto os manifestantes estavam de costas a ele. Para não perder o costume, uma enxurrada de ovos foi atirada em direção ao ministro, mas que não acertaram o alvo. Ricardo Barros saiu pela porta dos fundos da conferência, que será encerrada neste domingo, 20.
Ainda assim, não é a primeira vez que Barros foi “ovacionado”; em julho passado, no casamento de sua filha Maria Victoria, a “noiva-ostentação”, em Curitiba, o ministro da Saúde foi bem recebido, com vaias, palavras de ordem e, claro, muitos ovos. Barros acabou se tornando ignobilmente célebre após defender o trabalho para mulher grávida em locais insalubres, medida aprovada por meio da Reforma Trabalhista, e ao afirmar que médicos do SUS “fingem trabalhar”.
Pode estar aí o caminho para redenção de todos os trabalhadores: fazer recepções aos deputados e senadores que votaram para retirar nossas conquistas e direitos. Esses parlamentares receberam milhões de propina (maquiadas com o nome de “emendas”) para impedir que o corrupto presidente Michel Temer pudesse ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quebrando o país e ainda querem aprovar Reforma Política que assegure a reeleição desta horda de facínoras, que deveriam estar presos e não no Congresso Nacional.
Agora é hora de mobilizar a classe e darmos o troco! Os ladrões merecem a cadeia, mas, até que sejam presos, merecem ser “ovacionados” em todo o país.
À luta, companheiros, sem trégua aos ladrões dos nossos direitos!
Brasília, 18 de agosto de 2017
Diretoria Colegiada da FENASPS