Os trabalhadores do Brasil atenderam à convocação das Centrais Sindicais e mais de 100 mil vieram a Brasília nessa quarta-feira, 24 de maio. A marcha, maior mobilização na capital federal desde a Marcha dos Cem Mil de 1999, foi uma demonstração de que os trabalhadores não vão aceitar as reformas impostas que retiram direitos, aumentado a injustiça social, e também para pedir a renúncia de Michel Temer e de todos os corruptos do Congresso Nacional.
Divulgada em toda a imprensa internacional como um protesto pacífico e ordeiro, diferente do que a mídia nacional apresentou, onde se mostrou os infiltrados que provocaram e criaram os fatos que dizem ser de responsabilidade de todos.
A autorização da presença do Exército, via decreto presidencial, para garantir “a lei e a ordem” até que a mesma seja restabelecida, foi sinal claro do desespero e do acuo de Michel Temer, que está atirando para todos os lados.
Impossível não fazer relação entre Temer o imperador Nero, como bem fez Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo. Nero, ao ser declarado inimigo público, incendeia Roma antes do fim de seu governo, tal qual Temer, que vê as instituições arderem e sucumbirem, enquanto não renuncia, única ação que pode fazer para impedir a instauração do caos total no país.
PM do DF usa armamento letal contra manifestantes
Como se não bastasse a presença das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios, a Polícia Militar do Distrito Federal usou armamento letal contra manifestantes nessa quarta-feira, 24, como mostra vídeo disponível no link abaixo.
Clique na foto para ver vídeo que mostra o despreparo da PM ao abrir fogo contra manifestantes em Brasília
Fica evidente que os dois policiais flagrados disparando não apontaram a arma para cima, tentando dispensá-los: eles miram em direção aos manifestantes, tentando, obviamente, acertá-los.
E se os trabalhadores se armarem contra a polícia, se instaurará uma guerra civil no país? Quais serão as consequências de um embate justo, em condições de igualdade, no lugar do massacre covarde que a polícia perpetra contra os manifestantes, em sua enorme maioria, indefesos?
Para além disso, precisamos perguntar: a polícia protege quem? A população, indefesa, acuada e privada de serviços públicos essenciais como saúde, educação e moradia, representada por milhões de brasileiros, ou uma instituição que está podre por dentro, corroída pela corrupção inerente ao sistema e é sustentada por 594 parlamentares, alguns ministros de estado e um presidente ilegítimo?
Milhares de trabalhadores diante de pequeno grupo da PM: baixar a cabeça jamais!
Resistir é fundamental
Apesar de tudo, os trabalhadores resistiram à violência policial nesta quarta, 24 de maio, assim como vem resistindo ao longo dos anos. A classe trabalhadora se une, soma as cores de suas bandeiras e seus partidos, esquecendo por alguns instantes suas divergências ideológicas em direção a um único objetivo: lutar, resistir e lutar.
Mesmo com toda a violência e covardia que as forças policiais demonstraram possuir ao agir, os trabalhadores não baixaram a cabeça e se reorganizam para novas lutas que virão. A primeira delas será a Greve Geral de 48 horas, que será convocada em data a ser definida pelas centrais sindicais.
Enquanto isso, seguiremos exigindo a renúncia de Michel Temer e de todos os corruptos do Congresso Nacional e continuaremos lutando para barrar as contrarreformas Trabalhista e da Previdência Social.