Na abertura da audiência, os representantes dos Estados apresentaram um diagnóstico real da grave situação que os trabalhadores enfrentam nos locais de trabalho. O presidente do INSS ouviu o relato de servidores que são obrigados a trabalhar com imobiliário totalmente fora dos padrões ergonômicos; sob pressão total, que leva ao adoecimento em massa, que afeta mais de trinta mil servidores afastados dos locais de trabalho com sintomas e doenças provenientes do processo de trabalho, hipertensão, depressão, síndrome de pânico, entre outras.
Tais fatores foram diretamente agravados com a implantação da Jornada de Trabalho de 40 horas, com Gratificação Produtivista, Avaliação de Desempenho individual, com a falta das condições para exercer o trabalho. Como não existe nenhum programa de Prevenção e Assistência a Saúde dos Servidores, o INSS é hoje o responsável direto por criar um exército de mutilados por DORT/LER, inclusive com óbitos.
Foi ainda apresentado ao presidente do INSS reivindicação sobre a necessidade de criar as condições para o trabalho dos portadores de necessidades especiais, que em grande parte são obrigados a trabalharem em desvio de função e ou em atividades que não permitem a estes desenvolverem todo seu potencial profissional.
O presidente do INSS, Mauro Hauschild, disse que não tem responsabilidade direta pelos problemas ocorridos no passado, porém assumiu compromisso de buscar solução para os problemas, apresentados pelos representantes dos Estados e FENASPS, que estão resumidos no relatório do Grupo de Trabalho.
Expôs dados do total de atendimento que comprovam que todos os dias os servidores são responsáveis diretos pelo reconhecimento de direito de 30 mil segurados da Previdência Social em todo o país, além de outros milhares feitos sem estarem na agenda e/ou programados.