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Servidores exaltados

Pela primeira vez, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, puxou a responsabilidade para si e falou sobre o movimento grevista que toma conta do país. Ao contrário do que os servidores esperavam, porém, ela manteve a argumentação já anunciada por sua equipe técnica. “O reajuste é um elemento-chave.

O governo tem até 31 de agosto para enviar os projetos de aumentos para o ano que vem ao Congresso, conforme determina a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Continuamos discutindo com os servidores, mas estamos levando em conta essa situação internacional, que é pouco favorável”, disse.

Mas os servidores não andam muito satisfeitos com o discurso do governo sobre as paralisações. Ofendidos com a declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que não receberiam reajuste porque já têm os maiores salários do funcionalismo, os servidores do Judiciáriodecidiram radicalizar. A Federação Nacional dos Trabalhadores doJudiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajufe) divulgou ontem que ambos os órgãos devem paralisar as atividades durante todas as quartas-feiras. O primeiro “apagão do judiciário” deve acontecer hoje, com mobilizações dos sindicatos de todo o país, que se reúnem em Brasília.

Os trabalhadores do Executivo também estão com os ânimos exaltados em razão da decisão do Palácio do Planalto pelo corte de ponto dos grevistas. Amanhã, acontecerá uma manifestação de repúdio, na porta do Ministério do Planejamento, de acordo com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). Os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram os últimos a aderir o movimento: 20 unidades em 16 estados estão paradas.

Fonte: Correio Braziliense

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