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Em campanha salarial, servidores federais decidem parar em 5/7

Por Olyntho Contente e Hélcio Duarte
Da Redação do Sindsprev/RJ

Em plenária geral, realizada no dia 19 último, os servidores públicos federais, em campanha salarial, aprovaram realizar, em todo o país, uma paralisação de 24 horas, no dia 5 de julho. Caso não haja avanços nas negociações que acontecerão com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no mesmo dia 5 de julho, a categoria poderá decidir por uma greve por tempo indeterminado.

O movimento defende o fim do congelamento salarial, reajuste salarial, já, o respeito à data-base e a retirada por parte do Planalto dos projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que retiram direitos da categoria e consolidam a política de “reajuste zero” por dez anos.

A MP 520, que criava uma empresa de caráter nacional para administrar os hospitais federais, podendo colocar a gestão destas unidades nas mãos de empresas privadas e contratar trabalhadores celetistas, foi extinta, ao não ser votada pelo Senado no prazo legal exigido. Mas o governo Dilma já avisou que vai reeditar a medida provisória.

Saúde federal

Na plenária da federação nacional (Fenasps), no dia 18 último, foi aprovada paralisação da saúde federal, no dia 5 de julho, juntamente com os demais setores do funcionalismo. Não haverá, no entanto, paralisação no INSS e Ministério do Trabalho. Foi definida, também, a realização de atos em todos os estados. Para o diretor do Sindsprev/RJ, Sidney Castro, que esteve em Brasília durante a plenária, avaliou que este é o momento dos servidores darem ao governo uma mostra do seu descontentamento com a falta de respeito, o arrocho salarial e a aceleração da privatização da saúde pública.

Mobilização cresce. Universidade já estão em greve

Os servidores públicos estiveram em Brasília, na última quinta-feira (16), para fazer a terceira marcha unificada da categoria no ano e dizer ao governo de Dilma Rousseff que querem um processo efetivo de negociação e que, sem avanços, haverá uma greve geral do funcionalismo no país. O protesto reuniu trabalhadores de diversos estados e setores da categoria, alguns deles já em greve ou em processo de paralisações – caso dos servidores das universidades, das escolas técnicas federais, do Judiciário Federal e do Ministério Público da União – avalia-se que entre cinco mil e sete mil pessoas estiveram no ato. Uma comissão com representantes das entidades subiu e foi recebida pelo secretário de RH, Duvanier Paiva Ferreira.

Os servidores entregaram um novo manifesto com a pauta de reivindicações e cobraram ‘negociações pra valer’. “Reafirmamos a necessidade de uma efetiva negociação, porque por enquanto o que estamos tendo é enrolação”, relatou à reportagem o diretor do Sindsprev-RJ Manoel Crispim, que participou da reunião representando a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular). “Também cobramos do governo uma negociação mais intensa e específica com os setores que já estão em greve”, disse. Segundo ele, o secretário de RH disse que não tinha o que responder à categoria neste momento e que o Planejamento seguiria o roteiro original das negociações, com apresentação de uma resposta do governo às reivindicações no dia 5 de julho, data da próxima reunião. Mas o tom da reunião não indicava avanços. Duvanier criticou a greve nas universidades e disse que o governo não pretende retirar os projetos que estão em tramitação no Congresso. 

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