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Com envelhecimento da população, Previdência Social corre riscos, aponta IBGE

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Eduardo Pereira Nunes, disse que, a partir de 2050, se o crescimento da população mantiver o ritmo atual, a Previdência Social enfrentará problemas.

De acordo com Nunes, a pirâmide etária brasileira em 2050 será muito semelhante à da França de 2005, com a base da pirâmide, onde se encontram pessoas de até quatro anos de idade, mais estreita que o topo da pirâmide, composto por pessoas de mais de 80 anos, mais larga.

Essa pirâmide, projetada com base nas tendências de crescimento do País em 2010, é resultado da queda dos níveis de fecundidade e redução dos níveis de mortalidade.

Caso França
Com uma situação parecida, a França foi obrigada no ano passado a fazer uma reforma previdenciária para sustentar o sistema, aumentando a idade mínima da aposentadoria de 60 para 62 anos e de pensão integral de 65 para 67 anos.

Essas mudanças não agradaram a população. O resultado foi o desencadeamento de greves em âmbito nacional de profissionais do setor privado e público.

Advertência
Segundo afirmou Nunes, de acordo com a Agência Senado, embora o Brasil ainda não enfrente situações dessa magnitude, “o futuro chega”. Para impedir problemas no sistema, o presidente do IBGE acredita que ainda há tempo para fazer mudanças.

Contudo, as medidas para evitar colapsos no sistema Previdenciário devem ser adotadas o quanto antes.

Idade mínima
As mudanças na Previdência Social brasileira estão sendo exigidas por alguns setores da sociedade. O fator previdenciário é um dos entraves para garantir uma aposentadoria sustentável aos beneficiários do sistema, segundo afirmam centrais sindicais e representantes da categoria.

Diante disso, o debate sobre as alternativas para substituir o instrumento, que no fim reduz os benefícios, está se estreitando. Na última semana, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, se reuniu com líderes da categoria para debater novos caminhos rumo à extinção do fator.

Como esperado, o debate avançou no sentido de negociar a fórmula 85/95 – na qual as mulheres poderiam se aposentar sem redução no seu benefício, desde que alcançassem o total de 85 pontos, quando somados o tempo de contribuição previdenciária e a sua idade. Para os homens, o resultado dessa soma teria de ser 95.

Contudo, nada ainda foi acertado e uma nova reunião deve ocorrer. A expectativa é a de que o Governo apresente alternativas.

Fonte: http://economia.uol.com.br

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