Servidores públicos federais, estaduais, municipais e estudantes fora às ruas, em todo o Brasil para derrotar a Contrarreforma da Previdência, a MP 805 (que aumenta a contribuição previdenciária 11% para 14%) e pela revogação da Reforma Trabalhista. Em Belém, os trabalhadores do Seguro e Seguridade Social se reuniram no prédio da Gerência Executiva de Belém – GEXBEL, e mantiveram os portões fechados para atendimento ao público durante todo o dia. Por volta de 11h, o ato promovido pelas centrais sindicais chegou em caminhada na Gerência, onde foram realizadas falas contra as reformas e retiradas de direitos dos trabalhadores.
Diversos segurados compareceram à agência para passar por algum atendimento e demonstraram apoio à luta, mesmo com suas demandas reagendadas para o dia seguinte. Marlene Paixão foi até o local para dar entrada em pensão para o irmão. “Eu sou a favor dessa luta, que é muito importante para tirar o Temer. Sou a favor dos trabalhadores, porque lá no congresso eles só querem saber de tirar o nosso dinheiro. Só querem saber do bolso deles, então é importante esse dia de greve aqui e é preciso fazer muito mais até que eles parem de tirar nosso dinheiro e nos deixar cada vez mais pobre”, afirmou.
A diretora do SINTPREVS/PA, Dalcinara Guimarães, contestou o discurso do governo, que tenta colocar a população contra os servidores públicos. “A gente não tem culpa do que está acontecendo. Nós servidores não somos privilegiados como eles estão falando. Quem se aposenta cedo, ganha muito e trabalha pouco são eles. O Temer está aposentado desde os 53 anos. O Meireles desde os 55. Estamos aqui para dizer que somos contra essa reforma, porque ela é mentirosa”.
Dalcinara lembrou que o governo gastou R$ 99 milhões para fazer propaganda contra os servidores públicos e dizer que a reforma é necessária. “Necessário é que empresários e prefeituras paguem suas dívidas com a previdência. Porque todos os dias nós, que atendemos a população, temos o desprazer de dizer para aquele trabalhador que ele não tem direito ao seguro, porque a empresa que ele trabalhou não recolheu o INSS dele, mas fez o desconto todo mês. Na verdade é uma grande sonegação. E o INSS, o governo se privam de cobrar, porque tem acordo com os grandes empresários. Então hoje é dia de dizer que não. Essa reforma não vai passar”.
Ana Maria Magalhães, diretora do SINTPREVS/PA, falou que a reforma da previdência é a venda de uma das maiores instituições públicas do país. “O primeiro ataque que sofremos, em 12 de maio de 2016, foi quando desmantelaram o Ministério da Previdência Social. Agora, esta semana, eles estão fazendo conchavos com seus líderes para votarem a favor dessa maldita reforma, em troca de dinheiro para campanhas. Estão dizendo dane-se para o trabalhador e para a trabalhadora, porque o dinheiro da previdência vai ficar para os banqueiros. Dizer que a previdência social é deficitária é mentira. A previdência é superavitária. Ela tem condições de sustentar para mais de 300 mil gerações futuras”, disse.
A diretoria colegiada do SINTPREVS/PA avalia que a paralisação deste 5 de dezembro foi vitoriosa, porque os servidores estão sentindo no seu dia-a-dia que o desmonte está sendo promovido internamente por parte do governo. Portanto, a adesão ao movimento está cada vez mais intensa. Vamos à luta. Parabéns a todas e todos que permaneceram na atividade.
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