Como mais uma maneira de reunir forças, promover debates e conscientização de forma lúdica e descontraída o SINTEPREVS/PA, por meio da Secretaria de Cultura e em parceria com as Secretarias de Formação Política e Secretaria de Aposentados, deu início ao Projeto Sexta Cultural, que teve sua primeira edição realizada no dia 25 deste mês com o tema Consciência Negra. A programação do evento contou com roda de conversa, Dança Circular, apresentação de rap feminino com Mana Josy e grupo de carimbó Pindoramas.
Para a aposentada da categoria, Sebastiana Calil, o evento foi maravilhoso, por possibilitar mais um momento de aprendizado. “Deu para aprender coisas novas com o debate de análise de conjuntura e Dia da Consciência Negra, além de podermos nos divertir, porque é mais um espaço para descontrair e brincar”, afirmou.
A diretora da Secretaria de Formação, Ruth Gaia, falou da importância de possibilitar também esses espaços para o processo de tomada de consciência. “O que queremos é trazer as pessoas para discutires, participarem das rodas de conversa e das atividades para nos unirmos nessa luta pelos oprimidos e contra esse governo que está aí retirando os nossos direitos”, disse.
Ana Maria Magalhães, diretora da Secretaria de Cultural, fez a abertura do evento e realizou a leitura de um texto sobre Consciência Negra, para ressaltar a luta travada há séculos. Após as falas da diretoria colegiada foi realizada a roda de conversa sobre o Impacto da conjuntura atual nas ações sindicais no Brasil e na Consciência Negra, pelo professor, sociólogo e integrante do movimento negro, Domingos Conceição. Ele falou do desafio de tratar a temática do negro no Brasil. “O tema é tratado de forma vaga e vulgar. Culturalmente falando, todo movimento nasce de uma ação coletiva. E o 20 de novembro, que é o dia de Zumbi foi uma ação coletiva. Eu afirmo que Palmares foi a primeira organização social no Brasil”.
O professor ressaltou a luta antiga do movimento negro e destacou que 54% da população brasileira é de negros e negras, no entanto, essa população ganha 3x menos que uma mulher e um homem branco. Para ele, a escravidão é perversa e provoca o racismo, mesmo que a constituição de 88 criminalize o racismo. “Nessa atual conjuntura, em que todos estamos perdendo direitos os negros são os mais penalizados”, destacou.
Após da roda de conversa foi realizada Dança Circular, com a vocalizadora Lucilene Santiago. A dança circular é tradicional dos povos e possui cunho terapeutico. “Aqui se trabalha autoestima, alivia as tensões. A dança é a comunhão com os povos, com o outro e com a natureza”, explicou.
Rapper Mana Josy, integrante do movimento de hip hop, fez sua apresentação com músicas voltadas para questões raciais e feministas. Ao final, o evento seguiu com apresentação de carimbo do grupo Pindoramas.
A sexta cultural será promovida uma vez ao mês, com temas relacionados à luta social e sindical. A diretora da secretaria de cultura, Ana Maria Magalhães, agradeceu a oportunidade e falou da importância desse momento de integração e descontração da categoria. “Esse projeto vem sendo idealizado há muito tempo e agora conseguimos dar o ponta pé inicial. Estou muito feliz de estarmos aqui hoje e da presença de vocês. Todos os meses iremos trazer atrações e debates relacionados á luta, porque não vamos aceitar nenhuma retirada de direitos desse governo que está posto”, afirmou.