Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se neste domingo em 57 cidades de Espanha, convocadas pelas centrais sindicais Comisiones Obreras e UGT sob o lema “Não à reforma laboral injusta”. Manifestantes pediram a convocação de uma greve geral em todo o Estado espanhol. Na Galiza, no País Basco e em Navarra está convocada greve geral para 29 de Março.
As manifestações de protesto contra a alteração das leis laborais e a facilitação dos despedimentos, convocadas pelas CC OO e pela UGT constituíram o maior protesto sindical dos últimos anos, segundo o “Publico” de Espanha.
As manifestações realizaram-se em 57 cidades de Espanha, com elevada participação. Segundo os cálculos do jornal “El Pais” terão participado cerca de 110.000 pessoas em Madrid e pouco mais de 100.000 em Barcelona. Segundo as CC OO, terão participado 500.000 pessoas em Madrid, 450.000 em Barcelona e mais de dois milhões em todo o Estado espanhol.
A convocação de uma greve geral em todo o Estado espanhol foi pedida por muitos manifestantes em Madrid. O “Publico” de Espanha noticia que antes dos discursos finais na Puerta del Sol foi gritado o apelo à convocação de uma greve geral.
As duas centrais sindicais falam na necessidade de uma “mobilização crescente”, mas não clarificam se vão convocar ou não uma greve geral. O líder da UGT, Cándido Méndez, disse: “vou continuar a falar da reforma [laboral] e não me vou perder no debate sobre a resposta”. O líder das CC OO, Ignacio Fernández Toxo, diz que o Governo é que vai decidir da “inevitabilidade da greve” e apela a que o executivo convoque as centrais sindicais para negociar.
Na Galiza já está convocada pela Confederação Intersindical Galega uma greve geral para 29 de Março. Para o País Basco e para Navarra, as centrais ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, EHNE e Hiru, anunciaram na passada sexta feira uma greve geral também para 29 de Março.
Segundo o site das CC OO, terão participado nas manifestações: Galiza 150.000 pessoas, 25.000 no País Basco, 15.000 nas Ilhas Baleares, 450.000 na Catalunha, 5.000 em La Rioja, 25.000 em Castilla-La Mancha, 10.000 na Cantábria, 220.000 no País Valenciano, 7.000 na Estremadura, 15.000 em Navarra, 30.000 em Múrcia, 80.000 nas Astúrias, 130.000 na Andaluzia, 80.000 em Castilla y León, 60.000 em Aragão, 15.000 nas Canárias, 500 em Ceuta e 400 em Melilla.
Fonte: Esquerda.net