Movimentos sociais e sindical realizaram, nesta sexta-feira (30) mais uma greve geral para reivindicar a derrubada da reforma trabalhista, aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, na noite da última quarta-feira (28). O texto segue agora para plenário, com data de votação prevista para 10 de julho. Outra reivindicação prioritária do movimento paredista deste 30 de junho é a retirada de tramitação da reforma da previdência, prevista para ir em votação na Câmara em agosto.
No Pará a greve contou com adesão de diversas categorias de trabalhadores, entre eles, os rodoviários e construção civil. Desde cedo os servidores do INSS e do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (NEMS) fizeram piquetes em frente aos respectivos prédios, afim de garantir a adesão dos colegas. A maior Agência de Previdência Social do Pará, localizada na Gerência Executiva do INSS, em Belém, ficou com 100% das atividades paradas.
Os trabalhadores saíram em caminhada, às 11h, da Praça da República, em direção ao Mercado de São Brás. A professora, Célia Pantoja foi até a gerência para saber informações sobre sua aposentadoria e ao ser comunicada da greve confirmou adesão ao movimento. “Nós temos que fazer greve mesmo e mostrar ao governo que não estamos satisfeitos com o que está acontecendo”, disse.
Durante a caminhada representantes sindicais e movimentos sociais realizaram falas acerca das retiradas de direitos e da corrupção enfrentada no país. “Essa manifestação que acontece em Belém, no Pará e em todo o Brasil é pelo fora Temer e fora todos os corruptos do congresso. Eleições gerais. Nós queremos eleições diretas. Estamos aqui contra a reforma da previdência, contra a reforma trabalhista. Reformas que querem a miserabilização do povo brasileiro. A ponte para a violência, que mata inocentes, mata policiais nas periferias e nos centros das cidades é justamente a miséria, a falta de educação, de saúde”, afirmou Antônio Maués, diretor do SINTPREVS/PA.
