Em Belém, mais de 50 mil pessoas vão às ruas em adesão à greve geral

A Região Metropolitana de Belém e diversos municípios do interior do Estado promoveram um dia histórico de luta dos trabalhadores contra as Reformas da Previdência, Trabalhista e o governo ilegítimo de Temer, na manhã desta sexta-feira (28). A greve geral levou mais de 50 mil pessoas para as ruas de Belém reunindo diversas categorias de trabalhadores e estudantes.

Logo cedo os servidores do INSS e Ministério da Saúde se uniram, em concentração no prédio da GEXBEL. Os portões da agência ficaram fechados durante toda a manhã. Os servidores saíram em caminhada e seguiram em direção à São Brás. “Não tem como a gente frear isso se não for brigando, se unindo e entendendo que todos nós somos trabalhadores”, disse a assistente social de Marabá, Simone Silva, sobre as reformas propostas pelo governo.

Para a diretora Darcy Vaz, as reformas são perversas. Além disso, Darcy lembra que as modificações que estão sendo impostas pelo INSS aos trabalhadores, como o trabalho digital é absurdo. “Temos que estar atentos, porque o discurso é bonito, a propaganda é bonita, mas nas nossas casas nós devemos estar para curtir a nossa a família e não trabalhando, então temos que dar a nossa resposta nas ruas”. Darcy fez uma saudação aos presentes e parabenizou os trabalhadores que foram ao movimento com famílias. “A nossa resposta vai ser dada à altura aos ataques que sofremos nessa semana”, disse.

Raymundo Trindade, servidor do Ministério da Saúde e diretor do SINTPREVS/PA lembrou dos ganhos conquistados nas lutas anteriores, onde muitos trabalhadores foram à ruas e até morreram para que tivéssemos o que temos hoje. “Nós, até 1985 tínhamos o salário base complementado, porque era menor que o salário mínimo. Isso tem que ficar na nossa memória. O que o Temer está colocando agora é o que vai ficar por 20 anos. A inflação não vai ficar congelada. Só vai ficar congelado os nossos salários”.

De acordo com Trindade, há uma devastação dos direitos da CLT. “Isso é ruim para todo mundo. Todo mundo perde. Estamos aqui fazendo a luta pelos nossos e netos. A desvinculação da Receita da União, que agora é 30% retira só da seguridade social 12 bilhões de reais. Só da seguridade. E a culpa do rombo da previdência é nossa? A DRU serve pra comprar os deputados, pagar propina, porque o governo federal pode gastar com o que ele quiser”, afirmou.

A luta continua. Nenhum direito a menos.

Não às Reformas da Previdência e Trabalhista!