Servidores Públicos Federais do Pará se reuniram, na manhãdesta terça-feira (16), nas Gerências Executivas do INSS em Belém e Santarém para o Dia Nacional de Mobilização, seguindo deliberação de todo o Brasil. O Ato, convocado pelas centrais sindicais, teve por objetivo ampliar a luta contra os ataques contidos na PEC 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, período em que o dinheiro economizado será canalizado para o pagamento da dívida pública; contra o PL 257, com medida que recai sobre os trabalhadores, os servidores, os serviços públicos e, especialmente, em áreas essenciais à população brasileira como a Educação, Saúde e Assistência Social; nas reformas trabalhistas e da Previdência.
“É muito doloroso saber que os nossos direitos estão sendo retirados. O governo é interino, mas os efeitos dos atos dele são eternos”, disse Ana Lúcia Ribeiro, diretora do SINTPREVS/PA. Segundo ela a mudança na Lei trabalhista possibilita negociação entre patrão e trabalhador em questões que eram garantidas, como o 13º salário e férias. Isso inviabilizará que o trabalhador recorra na Justiça do Trabalho em busca do seu direito, caso o patrão não pague. “Todos nós precisamos abraçar essa luta, porque parece que estamos com dificuldade de perceber a realidade e que só iremos nos atentar quando atrasarem o pagamento dos benefícios”, alertou.
Para Darcy Vaz, assistente social e diretora do SINTPREVS/PA, é necessário resistir ao que o governo está fazendo. “Isso é um massacre neoliberal. Temos que ter resistência. É o nosso emprego e a nossa previdência que estão emjogo. Muitos são assalariados, mas estão se vendo como ricos, que não precisam dessa renda”, destacou. A diretora lembrou que o fim do Sistema Único de Saúde (SUS) será uma tragédia. A implantação de planos populares é uma violação dos direitos. “A gente utiliza o SUS desde a nossa primeira refeição do dia, quando todos os alimentos que chegam à nossa mesa são fiscalizados. O SUS é uma política de saúde muito importante, e o melhor plano de saúde. Existem procedimentos que nenhum plano particular realiza e o SUS é quem banca esses procedimentos. O plano de saúde popular é mais uma forma do governo retirar nosso dinheiro”.
A servidora Ana Maria Magalhães falou da necessidade dos trabalhadores seguirem o exemplo da população que reivindicou a volta do Ministério da Cultura e obtiveram sucesso. “Nós vamos lutar, assim como lutou o povo do MC, e não vamos aceitar o desmonte da previdência. Se for preciso vai haver greve geral”, declarou. Durante a manhã foi realizada distribuição e leitura da carta à população, e dados informes gerais. A atividade em Belém foi encerrada com a chegada de manifestantes das Centrais Sindicais na GEXBEL.
Para conferir a Carta aberta entregue à população clique AQUI.