Sindicatos, associações e movimentos sociais lançaram, na manhã de hoje (06), o Comitê Regional em Defesa da Previdência Social, do SUS e de todos os direitos dos trabalhadores, no auditório da Gerência Executiva do INSS (GEXBEL), em Belém. Entre as entidades presentes estavam o SINTPREVS/PA, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP), Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Pará (SINTSEP/PA), Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Pará (SINDSAÚDE), Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará (SINDTIFES/PA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Associação dos Docentes da UFPA (ADUFPA).
Durante o evento, sindicalistas falaram da importância de unificar as lutas para evitar que os direitos dos trabalhadores sejam retirados. “Nós precisamos estabelecer um espaço que fortaleça o movimento e o Comitê vem justamente fomentar isso. O comitê é um baque contra o governo neoliberal.”, disse Antônio Maués, diretor do SINTPREVS/PA.
Para o representante da ADUFPA, José Carneiro, o comitê é mais uma forma de articulação para travar a luta. “Não temos que esperar o que vai acontecer. Temos que agir imediatamente, por isso somos a favor desse comitê para que possamos forçar a situação em Brasília e evitar que sigam com o desmonte da Previdência”.
Na avaliação de Eloy Borges, representante do SINTEPP, existe uma sensação de paralisia da população, no entanto, ele destaca a necessidade de construir uma unidade em defesa da Previdência. “Nós não estamos conseguindo reagir à altura diante das atrocidades que esse governo vem fazendo. Temos que alavancar um grande movimento em defesa dos nossos direitos, porque essa paralisia tem deixado essa onda conservadora avançar”.
O vereador Fernando Carneiro também esteve no evento e parabenizou a iniciativa, tendo em vista que a população em geral ainda não percebeu os ataques que estão sendo feitos contra o trabalhador. “Só se fala em déficit da previdência e ninguém fala mais sobre o pagamento da dívida pública. O grande problema é que as pessoas não perceberam que isso interfere na vida delas. O país não tem dinheiro, porque o dinheiro vai para os banqueiros”, disse. De acordo com Carneiro, o pagamento realizado aos banqueiros é de R$ 3 bilhões de reais por dia. “Isso é o que Belém arrecada em um ano”, exemplificou.
Durante o lançamento foram apresentadas propostas de mobilização da população para alertar sobre os reais riscos que os trabalhadores estão correndo com o desmantelamento da Seguridade Social. O Comitê realizará reunião no dia 13/07 para traçar as atividades que serão desenvolvidas junto à sociedade.