O primeiro dia de greve no Pará foi marcado por muita mobilização. Os servidores mostraram a força que possuem e a vontade de mudar. O momento foi também para denunciar a atual e precária realidade dos serviços prestados à população e as péssimas condições de trabalho. A greve segue por tempo indeterminado até que o governo negocie e atenda as pautas de reivindicação.
Mais de 15 agências em todo o estado pararam 100% dos atendimentos, entre elas estão Cametá, Itaituba, Marabá, Jurunas, Icoaraci, Castanhal, Altamira, Capanema, enquanto que algumas tiveram adesão de 60 a 80% dos servidores, como as APS’s do Telégrafo, Ananindeua e Abaetetuba. Ficaram funcionando apenas os serviços de pagamento para evitar prejuízos à população.
Antônio Maués, diretor do SINTPREVS/PA explicou que durante todos os dias de greve haverá funcionário em frente as agências informando à população os motivos da greve. “Trabalhamos em péssimas condições de trabalho, com falta de vigilância, falta de material mínimo para atender os segurados do INSS. E nós queremos recomposição salarial de 27,3%, que é defasagem na remuneração. Enquanto tudo sobre no país nós estamos com os salários congelados e sem nenhuma política salarial apresentada pelo governo”.
A população deve ficar atenta aos serviços que estão sendo atendidos em algumas agências, como a liberação de toda forma de pagamento, e alguns atendimentos que possuem prazo para renovar. “Nós vamos atender os casos de auxílios doença que estão agendados, curatela, entre outros. Além disso, muitos dos serviços da previdência são via internet e via 135, então a população pode continuar fazendo os agendamentos nesses dois meios”, explicou.
A partir de amanhã o Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (NEMS) também irá aderir aos movimento de greve.