Servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS/Pará e do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde (NEMS/PA) aderiram ao Dia Nacional de paralisação e cruzaram os braços na manhã desta sexta-feira (29). A ação aconteceu em todo país e visa pressionar o Governo Federal a atender as reivindicações protocoladas no ministério do Planejamento durante Campanha Salarias, em fevereiro de 2015.
As manifestações foram realizadas em vários pontos do Estado. Na Região Metropolitana de Belém oito Agências da Previdência Social e o NEMS/PA tiveram o atendimento ao público suspenso. Os servidores do Ministério da Saúde interditaram, durante uma hora, a avenida Conselheiro Furtado, com o objetivo de denunciar as condições precárias de trabalho do local e contra a retirada de direito. “Estamos lutando para que os nossos direitos sejam respeitados. Queremos reconhecimento do trabalho que fazemos e queremos poder contar com uma estrutura que nos possibilite fazer um atendimento de qualidade à população”, reclamou Silvana Penin, servidora do Ministério da Saúde.
Na Previdência Social a reivindicação se dá também por melhores condições de trabalho e contra o atendimento do público do Seguro Defeso, que irá demandar espaço e quadro funcional que atualmente a estrutura não possui. “Nós trabalhamos em situação precária dentro das agências do INSS. Não temos nem água para tomar. A água que bebemos é comprada com coleta feita por nós”, denuncia Ana Mel, servidora do INSS e diretora do SINTPREVS/PA.
Segundo Fátima Viana, diretora do SINTPREVS/PA, os problemas com os servidores não param. Existem trabalhadores adoecidos por sofrerem assédio moral. “Além das melhorias salariais e de estrutura queremos também melhores condições de trabalho, como o fim da criminalização dos servidores do INSS”, disse.
Entre as reivindicações protocoladas pelos Servidores Públicos Federais no Ministério do Planejamento estão política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias e índice linear de 27,3%; data-base em 1° de maio; a paridade salarial entre ativos, aposentados e pensionistas; a incorporação de gratificações produtivistas; isonomia de benefícios; a revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, e retirada de todos os projetos do Congresso Nacional que atacam os direitos dos trabalhadores. Em junho, caso as negociações com o governo não avancem, os servidores prometem deflagrar greve geral.