Carta do Pará – Assistentes sociais do I N S S
Nós, Assistentes sociais da Gerência Executiva de Belém, vimos manifestar nosso descontentamento com o tratamento dispensado a colega Assistente Social Maria Lúcia Lopes da Silva e recomendar sua permanência na Divisão de Serviço Social-DSS.
1- Entendemos tratar-se de atitude equivocada, considerando a trajetória histórica de 34 anos da companheira na defesa da profissão e da Previdência social brasileira, tendo inclusive reconhecimento internacional;
2- A colega hoje é referência para nossa categoria dentro e fora dos limites institucionais, por seu acúmulo teórico e por sua prática profissional de compromisso com o Serviço Social e especialmente por direcionar sua a luta pela manutenção do Serviço Social na Previdência, não medindo esforços para ampliação do quadro de assistentes sociais no INSS;
3- Infelizmente, não reconhecemos o mesmo comprometimento da pessoa que ocupa a Divisão de Serviço Social. Ao contrário, sua omissão prejudica nossa profissão e o cumprimento dos objetivos e da Missão da Instituição. Não obstante, ter galgado o cargo de chefe da DSS, a assistente social não tem nenhuma história que a credencie ao cargo e não está exercendo à contento a atribuição de unir à categoria em prol dos objetivos do Serviço Social e do INSS, dando visibilidade às ações e projetos profissionais de nossa área. Seu projeto a nosso ver, é puramente pessoal, o que dificulta o fortalecimento da categoria a favor do cumprimento das metas qualitativas estimadas;
4 – Repudiamos a atitude arbitrária de colocar uma profissional tão capacitada à disposição e solicitamos que seja revisto tal posicionamento. Entendemos que Lúcia Lopes sempre foi incansável nas lutas da categoria, defendendo os objetivos da instituição, através da elaboração de Projetos de grande impacto social, como o Projeto do Contribuinte Individual (que inspirou o PEP), o Projeto da Hemodiálise para as vítimas de Caruaru-PE, o Projeto do Trabalhador Rural (que favoreceu, sobremaneira, a interlocução das entidades sindicais com o INSS), entre tantos outros. Não podemos esquecer que seu posicionamento crítico é fruto de seu enorme compromisso com o projeto ético-político profissional, com nosso Código de Ética e seus princípios e, sobretudo, com a construção de um país menos desigual, com liberdade, onde se realize o processo democrático e impere o sentimento de Justiça e ética que deve pautar as relações profissionais e pessoais.
Atenciosamente.
Assistentes sociais do I N S S no Pará