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Governo tenta evitar manifestações de servidores

Durante 10 dias, de 17 a 26 de agosto, os servidores federais de 27 categorias pretendem realizar manifestações por todo o país protestando contra a demora do governo em atender suas reivindicações, sendo que a principal delas já foi descartada pelo Planalto, o do reajuste linear para todos, ou como os servidores dizem, reposição das perdas salariais.

Na chamada jornada de lutas, no dia 24 está marcada mais uma marcha pela Esplanada dos Ministérios em, Brasília. E o governo demonstra cerca inquietação com mais este protesto e de como a média está aumentando a cobertura destes protestos. Isso é meia verdade, já que os servidores administrativos das universidades federais estão em greve a mais de 30 dias e quase não merecem atenção da imprensa.


Para ajudar na luta do governo contra as manifestações, que poderão se transformar em greves isoladas ou até geral, o governo acionou a AGU que através de seu titular já obteve vitória parcial contra os grevistas das universidades ao obter respaldo do STJ para que se mantenham 60% dos postos ocupados sob pena de multa diária à Fasubra no valor de 100 mil reais. Luiz Adams ainda não desistiu de ocupar uma vaga no Supremo e terá nova chance agora com a aposentadoria da ministra Ellen Gracie e quer demonstrar sua força ao criminalizar qualquer greve que venha a ocorrer no setor federal.


O governo tentará negociar com cada setor ainda nesta semana para inviabilizar as manifestações, mas admite ser difícil atender tantas reivindicações e alega não ter verba orçamentária e ainda utiliza a crise econômica mundial como desculpa, esquecendo-se de dizer que para a base aliada as verbas são polpudas e contínuas. Embora a CUT diga que apóia estas manifestações, sua direção tem se mostrado incomodada com tantas manifestações de protesto ao governo até por entidades sindicais filiadas à central.


No planejamento, a ordem é intensificar as negociações setoriais com um mínimo de atendimento reivindicatório, apenas para acalmar os ânimos, mas isso parece que não vai colar, uma vez que sistematicamente o governo vem enrolando as entidades sindicais, que alegam estarem preparadas para iniciar uma série de paralisações pontuais ao mesmo tempo em que articulam uma greve geral para o início de setembro. Dilma tem pouco tempo para retomar o ―agrado à base aliada‖ antes de enfrentar os protestos dos servidores.
*Fonte: EVANDRO BOEIRA, VERA RITTER – INFO DF

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