Segundo informa a imprensa italiana, Salmonì, identificado no campo de concentração nazista de Auschwitz com o código A15810, contribuiu para viesse à tona na Itália os horrores do Holocausto aos quais foram submetidos os judeus por parte do regime de Adolf Hitler.
Sua história, tantas vezes contada e recentemente publicada no livro “Ho Sconfitto Hitler” (derrotei Hitler, em tradução livre), serviu ainda como inspiração para que Benigni fizesse “A Vida é Bela” (1997), filme que narra a história de um judeu italiano que é levado a um campo de concentração junto com seu filho e que foi premiado com três Oscar.
Salmonì chegou a Auschwitz após ser detido em abril de 1944 pela Polícia fascista em Roma e depois de ter passado pelo campo de concentração de Fossoli (norte da Itália). Lá, começou uma “longa viagem em direção à morte”, à qual conseguiu sobreviver.
O italiano voltou à sua cidade natal, Roma, em agosto de 1945 para se reencontrar com seus pais, mas não pôde fazer o mesmo com seus irmãos Angelo e Davide, que haviam sido assassinados pelos nazistas.
“Todas as manhãs eram vistos pobres seres pregados às redes de alta tensão elétrica. Estavam cansados de sofrer e se abandonavam à piedade de Deus para pôr fim ao inferno de todos os dias, à fome, ao frio”, relatou Salmonì ao falar sobre sua experiência nos campos de concentração.
Neste sábado, após sua morte ser divulgada, sua família recebeu inúmeras mensagens de condolências por parte das autoridades italianas, sobretudo as de Roma, cujo prefeito, Gianni Alemanno, o definiu como um “grande homem com sua coragem e força”.
Fotos: imagem do filme “A vida é bela” e do judeu italiano Rubino Romeo Salmonì.