Aprovado o Funpresp, os fundos de pensão do funcionalismo público, a Previdência Social pretende dar novos passos na direção de um ajuste em suas contas. Como se sabe, desde o início de seu governo, Dilma Rousseff determinou ao ministro Garibaldi Alves que nenhuma mudança radical seria implementada. A prioridade era o Funpresp. Agora o próximo alvo de Garibaldi é restringir as pensões por morte. Há muito tempo, o tema está no debate como emergencial.
A mudança na dinâmica demográfica devido ao aumento da expectativa de vida ampliou significativamente o número de cônjuges pensionistas, hoje superior a 4 milhões. Garibaldi está convencido de que este é o próximo passo. E tem o apoio, inclusive, de seu secretário-executivo, Carlos
Gabas. Falta o aval de Dilma. O próprio Gabas, há dois anos, encomendou estudo sobre o tema com perspectiva de patrocinar mudanças.
Mas as eleições de 2010 impediram a adoção de bandeiras, digamos, impopulares – mesmo com as pensões batendo a casa dos R$ 70 bilhões por ano.
No ano passado, a Previdência também ensaiou a mudança, mas o Funpresp estava na frente. As modificações pretendem reduzir o valor pago a viúvas ou viúvos sem filhos e exigir um tempo de contribuição para a elegibilidade e ainda limitar os anos de pagamentos a beneficiários com menos de 35
anos – as chamadas viúvas jovens.
Fonte: Poder Econômico – IG