Estados maquiaram seus gastos com saúde pública em R$ 11,6 bilhões entre 2004 e 2008, informa a reportagem de Daniela Lima e Mariana Schreiber, publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
Despesas com reformas de presídios, aposentadorias de funcionários públicos, obras de saneamento básico e financiamento habitacional foram apresentadas como investimentos em saúde, de acordo com o Ministério da Saúde.
O artifício foi usado para cumprir a emenda 29 da Constituição, que obriga os Estados a gastar 12% de suas receitas na área.
Minas Gerais é o campeão dos gastos inflados na lista. Dos R$ 2,7 bilhões que declarou ter gasto com saúde em 2008, R$ 835,4 milhões foram descartados pelo governo federal.