Sesma garante segurança, mas médico não aparece no posto de saúde
A presença de um vigilante na Unidade Municipal de Saúde (UMS) do Tapanã, onde os médicos alegavam a falta de segurança para não comparecer ao trabalho, não conseguiu assegurar aos moradores do bairro o direito a atendimento médico de urgência pela manhã. Ausente desde novembro do ano passado, a vigilância voltou, mas a falta de médico persiste. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) garante que o problema se restringe ao turno da manhã, desde que o médico titular entrou de licença.
Grávida de oito meses, a jovem Fernanda Carolina, 17 anos, procurou a UMS na manhã de ontem com fortes dores de cabeça e vômitos. Amparada pelo pai, o aposentado José Mamédio da Luz, 69 anos, ela foi orientada pelo funcionário da recepção a procurar atendimento em outro local, pois não havia nenhum médico no local. “Isso é uma falta de respeito com as pessoas! Não é só de manhã, ontem à noite também viemos e nos disseram a mesma coisa. Agora ficamos sem saber o que fazer, pois não temos como pegar um táxi e ela não pode tomar remédios por conta própria, por causa da gravidez. É uma situação muito difícil”, reclamou José.
A situação se repetiu diversas vezes durante a manhã. O pequeno Richard, de apenas 7 meses, com sintomas de gripe, também não conseguiu atendimento. “É a sétima vez que tento atendimento para ele aqui e não consigo, já vim de manhã, de tarde e de noite. Nunca tem médico disponível, ultimamente está pior. Agora vamos tentar atendimento lá no posto da Marambaia ou da Pratinha”, desabafou a mãe do menino, Jéssica Móia, 21 anos. A aposentada Esmerina Gomes, 77 anos, tentava, pela 6ª vez, medir a pressão arterial no posto. “É sempre a mesma resposta, nem sei porque tentei vir aqui. Para ter um atendimento dessa qualidade, era melhor que aqui nem fosse um posto de saúde”, criticou a neta de dona Esmerina, Esmeralda Moraes, 26 anos, que acompanhava a idosa.
Fonte: Portal ORM