Lembranças de grandes conquistas, troca de experiências e uma programação informativa marcaram o VI Encontro de Aposentados e Pensionistas do SINTPREVS/PA nesta quinta-feira (20), no Hotel Sagres, nos turnos da manhã e tarde. O evento contou com a presença dos dirigentes sindicais, de associações do Estado, da categoria de aposentados e pensionistas e de trabalhadores que ainda não aposentaram, que puderam conferir palestras sobre a história de lutas e sindical no estado, conjuntura política, social e econômica do país, palestra sobre qualidade de vida na terceira idade e momentos de descontração.
A mesa de abertura do evento foi mediada pela diretora do SINTPREVS/PA e da FENASPS, Ana Lúcia Ribeiro, e composta por representantes do SINTPREVS/PA, Antônio Maués, o advogado sindical Pedro Cavalero, pelo representante da Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas do Pará (Faapa), Emídio Rebelo, pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais do Pará (Sintseppa), Agnaldo Barbosa e Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Alcimar Santos.
Durante as falas da mesa foram ressaltadas a relevância do evento para debater a situação política do país, bem como a importância dos aposentados e pensionistas na luta para evitar mais perdas de direitos. Emídio Rebelo, da Faapa lembrou que grandes conquistas sociais existentes atualmente são fruto da luta das pessoas que estão aposentadas hoje. “A luta pela meia passagem, a estatuto da pessoa idosa são lutas e ganhos que foram feitos por todos nós”. Agnaldo Barbosa, do Sintseppa, destacou a necessidade do aposentado se manter sempre na luta. “Somos aposentados, mas continuamos sendo servidores. Toda organização que faz pressão e cobra melhorias do governo precisa contar com a força dos aposentados dessa categoria. O Brasil vive uma das maiores crises da história. O governo prioriza o pagamento de dívidas públicas com todas as suas forças. Engorda as contas dos banqueiros e esvazia o nosso bolso”.
Regina Barata, representante da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (AAPPD), fez fala durante a mesa de abertura destacando a importância do respeito que a sociedade deve ter com as pessoas com deficiência. “Somos deficientes, mas não incapacitados. Contribuímos com todos os impostos e tributos. Respeito tem que ser a palavra de ordem”.
Em seguida foi composta a mesa sindical. O diretor Antônio Maués lembrou da história do movimento sindical, iniciado nos anos 80. “Viemos da juventude de luta, fizemos greve sem direito de greve, mas estávamos lá. Essa deve ser a grande diferença, porque os novos servidores não reconhecem as nossas lutas. Já chegaram com muita coisa conquistada”, disse.
O advogado Pedro Cavalero destacou a necessidade de fortalecimento dos sindicatos. “Nós sempre conseguimos muito com pouco recurso. Se estivermos fortalecidos conseguimos muito mais. Hoje quem entra em concurso não conhece ou reconhece a história de vocês”. A Diretora do SINTPREVS e FENASPS, Ana Lúcia Ribeiro explicou sobre os sistemas de governo que estão em jogo nesta campanha política, dividida em dois viés. “Um sistema é o americano, que escraviza, mata e explora o trabalhador e o outro é europeu, que tem um estado relativamente de bem estar social. E é nesse sistema político que temos que estar atentos, porque é lá que está o mercado de negociatas e da perversidade. Temos que ter cuidado com o nosso voto, porque em alguns casos estamos dando carta em branco para eles venderem os nossos direitos”.
Ao final da mesa foi realizado um debate onde a categoria ressaltou a importância da luta permanente e que representa a sociedade como um todo, pessoas que não tiveram oportunidade de estarem em ambientes de trabalho.
Antes do intervalo para o almoço o grupo de massoterapeutas Mãos de Fada realizaram uma aula de alongamento. No período da tarde as atividades foram retomadas com o pocket show da Cantora e diretora sindical Ana Maria Magalhães, seguida da palestra com a terapeuta ocupacional Carolina Sampaio sobre a importância de envelhecer com qualidade de vida. “Envelhecer é perceber as ocorrências do corpo e da mente. Não podemos deixar que uma doença ou uma condição domine a gente. A gente tem q se dominar e garantir um envelhecimento ativo”, explicou. De acordo com a terapeuta, qualidade de vida é a percepção de indivíduo sobre sua vida e a busca pelos objetivos e expectativas, que são conceito subjetivos. “Cada pessoa tem uma percepção e um entendimento sobre o que lhe faz feliz, então todas essas escolhas são individuais e subjetivas”. O evento foi encerrado com um bingo, entrega de brindes e um coffe breack.
Confira as fotos do evento.