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A FARSA DA TERCEIRIZAÇÃO

Começou com Fernando Collor no palácio do Planalto, mas a grande distorção aconteceu nos oito anos de Fernando Henrique e foi continuada no governo Lula.

A pretexto de diminuir o tamanho do estado, ou  imaginando reduzir despesas, os governos neoliberais começaram a contratar empresas privadas para fazer o trabalho que sempre coube  ao poder público. Foi a chamada terceirização.

Nos  ministérios, nos tribunais, na administração direta, até na presidência da República, no Congresso, nos governos estaduais e nas prefeituras,  a moda pegou.

Não se contrataram mais funcionários, individualmente,  senão empresas, por coincidência a maior parte delas cujos  donos  eram  amigos,   parentes, interessados, ex-funcionários e gente ligada aos governos, mesmo sem experiência. No máximo, aconteceu a troca de tucanos por companheiros. Ou companheiros que eram tucanos  mudaram rápido, por interesse financeiro.

Para fazer serviços de segurança, de limpeza, de alimentação, de  distribuição de eletricidade, de água, telefones, computadores, merenda escolar e,  mais ainda, serviços  de publicidade, propaganda, promoção pessoal, pesquisas e até  jornalísticos,  de comunicação.

O poder público “terceirizou”,  quer dizer, entregou a tarefa  a empresas privadas, celebrando com seus proprietários  contratos multimilionários, e  com uma característica: os trabalhadores, os empregados, eram e são  contratados a preços vis,   na maioria dos casos ficam meses sem receber, sob o pretexto de que as verbas não foram liberadas.  Foram, mas  para os donos.

O pior dessa história é que mesmo agora, em plena crise econômica, tudo continua igual.  Com raras exceções, os donos dessas empresas locupletam-se e os empregados comem  o pão que o diabo amassou.

Por Carlos Chagas      

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