Apesar das promessas, o governo não cumpriu o Acordo de Greve de 2022. Os servidores tinham esperanças de transformação da carreira em típica de Estado, reestruturação do INSS, realização de concurso público para repor o quadro defasado em 23 mil servidores, incorporação da GDASS no VB, e melhores condições de trabalho.
Atualmente, o INSS tem 7,1 milhões de requerimentos na fila de espera, sofrendo com o caos nos sistemas, que funcionam de maneira intermitente. A DATAPREV mudou de ministério e os problemas se multiplicaram, desde fevereiro que os sistemas ficam vários dias fora do ar, e o governo ainda exige que os servidores cumpram as metas abusivas, criando um caos imenso na vida de quem trabalha remotamente ou presencialmente. Imaginem os segurados que precisam de atendimento?
E agora os servidores estão diante de novo desafio, como assegurar atendimento da Pauta de Reivindicação diante da crise fiscal do Estado, que tenta aprovar o Arcabouço Fiscal, que poderá congelar investimentos, concursos públicos e os salários dos servidores?
Embora em início de governo, temos cobrado atendimento das nossas reivindicações junto ao ministro Carlos Lupi. Se temos um Acordo de Greve, exigimos que seja cumprido e que sejam solucionados esses problemas que impactam na produção absurda exigida do(a)s servidor(a)s, que trabalham até a exaustão e não conseguem cumprir suas tarefas. Já passou da hora do INSS merecer atenção por parte do governo, principalmente respeitando nossas limitações de produtividade impostas pela falta de pessoal e de sistema que funcione quando é necessário.
As entidades do FONASEFE – Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais, que negociaram o reajuste emergencial de 9%, estão convocando Dia Nacional de Protesto em todo o País, e os servidores podem dar grande contribuição pressionando os deputados e senadores, para aprovarem as emendas que assegurem reajustes salariais das categorias, bem como verbas para reestruturação dos órgãos públicos. E principalmente arquivar definitivamente a PEC 32. A luta continua. Vamos cobrar atendimento das nossas reivindicações e lutar contra qualquer retrocesso que o Arcabouço Fiscal traz.